quinta-feira, 30 de abril de 2009

E quem sabe?


O que te agrada? Se essa pergunta for direcionada a mim eu responderia que nada. Hoje em dia me encaixo melhor em relação ao mundo, mas nunca achei muita graça nas coisas, seria eu um ser muito chato ou seriam as coisas muito óbvias? Independente de resposta não é tão divertido quando você entende o porquê ou funcionamento das coisas, sejam brinquedos, brincadeiras sejam pessoas. Ter essa sacada, feeling ou sensibilidade é muito proveitoso ou apenas irritante. Saber o que você quer esperar uma coisa sabendo que na verdade não vai chegar pode ser um tanto quanto frustrante e o pior, entender porque não deu certo e não poder falar nada... porque afinal muitas vezes não entendem. Mas por outro lado acredito também que seja uma questão de falta de acontecimentos. Ao mesmo tempo em que nada acontece e você analisa tudo você não passa pelo que deveria, só analisa, só julga e por talvez uma inveja ou ciúme, você tenta ser o contrário àquilo que analisou, sim analisou e não vivenciou. Às vezes converso muito comigo e vejo que na verdade as coisas não são tão óbvias não são sem graça, só é simples a ponto de uma análise não conseguir entender ou captar o real sentido, a real essência, só enxerga a parte de fora fácil de ser julgada. Tudo tem um sentido, tudo tem explicação e nem sempre as coisas precisam ser explicadas e analisadas só acontecer, só se deixar levar e participar... com moderação é claro.

O teatro que a vida é!


A preguiça é tão grande que pessoas têm já frases prontas que nem precisam pensar mais. Que nem, você ouve alguém te falando "aí é osso né brother", tipo, está pronto, nem pensou direito sobre, só passou pela cabeça "ah é algo difícil" então logo sai a resposta, teve um estímulo e respondeu a ele. Ou às vezes, que nem quando você pergunta o que a pessoa faz, ela responde e você automaticamente fala "ah é? Nossa que legal!", pode ser uma coisa bem besta ou que você acha nada a ver, mas você acaba falando, confesso que até eu faço isso às vezes. Tem também aquelas conversas classificadas como "conversa de vó" ou "conversa de tio", você não vê a pessoa por um tempo e quando a encontra, sempre, sempreeeeeeee têm a seqüência de perguntas "olha, como você cresceu” (claro a pessoa não te vê há uns cinco anos), "e o namorado/a?” (você nem namora), "e a escola" (você já se formou na faculdade), está tudo pronto! Até para marcar as coisas, você não vê a pessoa há milênios e quando encontra você fala "poxa, a gente precisa marcar de sair"... Por quê?! Você não vê a pessoa, não procura e não faz a menor diferença se ela está ou não presente na sua vida! O pior é que além das frases prontas tem também as respostas prontas, após ouvir isso a pessoa responde "nossa cara, temos sim, vamos marcar encontrar o pessoal muita saudade daquele tempo", aí depois dessa conversa super produtiva e sincera as duas pessoas saem sem ao menos pegar o telefone um do outro. Chega a ser desanimadora a convivência social. Nós respondemos a estímulos com respostas já esperadas, com respostas já esperadas e ações já esperadas, tudo é fácil de deduzir, de adivinhar, de saber. No meio dessa preguiça... ou melhor, involução, me pergunto, se a gente age como animais, responde como animais, nunca deixamos de ser animais e nunca deixaremos de ser, por que a vontade de parecer tão mais civilizados e evoluídos? Acho que a resposta está no teatro... temos nossos textos, papéis e tentamos interpretar o que queriamos ou não ser. Fazemos várias peças durante a nossa existência tentando ser melhores mas na verdade, como os animais que achamos que não somos, agimos por instintos. A grande maioria não passa de figurante da vida.

I'm so sorry


Desculpas...pedir desculpas não dói, não machuca e não mata, muito pelo contrário. Quantas amizades são perdidas por simplesmente não pedir desculpa, quanto humor foi perdido apenas por não se ouvir desculpa, até a famosa "desculpa esfarrapada" consegue obter resultados. As vezes mesmo não tendo culpa pessoas pedem desculpas, só pelo fato de saber que quem estiver ouvindo vai ficar melhor. Isso é se humilhar? Seria se rebaixar? Acredito demais que não! E na real é muito melhor fazer o que muitos considerariam se rebaixar e manter uma relação harmoniosa com quem vale a pena para você, do que morrer orgulhoso de ter conseguido ficar sozinho.

A,B,C...J?


Antigamente eu deixava as coisas acontecerem, em qualquer situação, hoje eu intervenho, vi que posso melhorar as coisas sem esperar que o certo aconteça. A questão na verdade não era esperar, não era intervir, na verdade a questão é ter aprendido o correto e querer que o mesmo ocorra. De uma forma natural de se pensar e se quer se preocupar com isso, hoje em dia, isso se transforma em expectativa de que o outro acerte sem que você tenha que ensinar ou pedir.

Chegando em lugar nenhum


Sentimentos falam muito e falam alto. Agir por impulso, agir por vontades, agir por amor. As vezes pensamos demais e sentimos de menos e nos arrependemos, as vezes o contrário acontece e também nos arrependemos, achar um meio termo nem sempre é satisfatório e talvez ignorar fosse uma resposta. Esperar as coisas acontecerem por si próprias às vezes é a solução, já que muitas das vezes que existe um esforço ele não é reconhecido. Mas de certa forma de que adianta se esforçar se não está sendo feito da maneira correta? Que nem já diz o ditado "de boas intenções o inferno está cheio". Saber qual é o melhor modo de solucionar as coisas não é tão difícil como parece, só saber sentir... racionalmente.

O talvez


Não se sabe se a melhor forma de fazer as coisas acontecerem são as que são empregadas. Talvez houvesse uma forma melhor, talvez não teria que ter uma forma, uma vontade...só acontecer. As soluções são simples quando resolvidas e nunca visíveis em sua caminhada, mas sempre perfeitas quando concluídas. Se parar para pensar talvez pensamos demais, ou melhor, com certeza pensamos demais, resolvemos de menos, nos esforçamos um mínimo necessário para ser aceitável e as vezes, muitas das vezes, só o quanto nos interessa. Será que se fossemos mais praticos e menos inseguros tudo seria diferente? Será que realmente há um interesse em ser diferente, em mudar? As vezes temos o que merecemos, fazemos o que queremos do jeito que se quer só para poder reclamar e ter uma esperança de mudar, uma máscara ou desculpa para a real essência de nós mesmos... que seria uma possível dúvida do que se quer realmente ser.